Já não conto os dias, não conto horas; a mim não contarei.
assim fecho os olhos, fecho os ouvidos, praticamente decretando morte.
O passado não passa, quando deveria, os medos não me abandonam, me pertubam, a ponto de loucura. desde que resolvi me calar, virei um depósito de pertubações.
Imaginei que esse seria um periodo complicado no qual eu teria que enfrentar, mas eu simplesmente não posso abandonar quem eu sou, quem eu fui, para encarar essa situação, não posso fabricar uma maturidade assim tão de repente.
então isso vem e volta. me enlouquecendo cada vez mais.
eu não sei quando vou parar de perder, e começar a ganhar.
perder pessoas, perder a memória, perder a lucidez, perder a consciência.
as pessoas se tornam mediocres,
minha casa parece gigante, meu quarto pequeno demais a ponto de sufocar.
minha vida passando e eu assistindo sentada meus proprios fracassos,
me diz quando isso terá fim, porque eu não vejo um.
eu não quero mudar, mesmo sabendo que uma adaptação é necessária, essas mudanças vão além da minha capacidade.
eu sei que um dia vou resolver todas minha pendências, uma delas nos sabemos, mas ainda não é a hora.
essa guerra interna eu ainda preciso vencer; mesmo não tendo idéia de como.
talves assim que tem que ser.
se anjos realmente existem, sei que mesmo, estarão ao meu lado.
é dificil quando vc é puramente vc mesma, e nada e ninguém enxerga isso.
o que me conforta é algo que aprendi, que nada é para sempre,
nem mesmo meu sofrimento.
• Esse é um rascunho de 19/01/2010 ,
não me lembro o motivo por não ter postado.
pois é, minhas palavras perduram, assim como alguns sentimentos.
Any R.