Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir.
O que confesso não tem importância, pois nada tem importância.
Faço paisagens com o que sinto.
(...)
De resto, com que posso contar comigo?
Uma acuidade horrível das sensações,
e a compreensão profunda de estar sentindo...
Uma inteligência aguda para me destruir,
e um poder de sonho sôfrego de me entreter...
Uma vontade morta e uma reflexão que a embala (...)
Escrevo, triste, no meu quarto quieto, sozinho como sempre tenho sido, sozinho como sempre serei.
E penso se a minha voz, aparentemente tão pouca coisa,
não encarna a substância de milhares de vozes,
a fome de dizerem-se de milhares de vidas,
a paciência de milhões de almas submissas como a minha ao destino quotidiano, ao sonho inútil, à esperança sem vestígios.
Nestes momentos meu coração pulsa mais alto por minha consciência dele.
Vivo mais porque vivo maior.
verdadeiro cadáver não é o corpo [...], mas aquilo que deixou de viver. [...]
Fernando Pessoa
Leio em todos lugares fragmentos da vida, de uma, de tantas.
e percebi com o tempo,
que o sofrer, é da alma,
e já persegue a tempos, tempos a tras.
e ao que eles me dizem, quase nada faz sentido.
se tudo fizesse,
não a haveria o porque de tantas palavras.
eu busco respostas, onde só existem perguntas.
Any R.
Leio em todos lugares fragmentos da vida, de uma, de tantas.
e percebi com o tempo,
que o sofrer, é da alma,
e já persegue a tempos, tempos a tras.
e ao que eles me dizem, quase nada faz sentido.
se tudo fizesse,
não a haveria o porque de tantas palavras.
eu busco respostas, onde só existem perguntas.
Any R.
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